Guia do pneu

EVOLUÇÃO DA MARCAÇÃO DOS PNEUS DOS VEÍCULOS PESADOS DESDE JUNHO DE 2012
Os pneus MICHELIN beneficiam, acompanhando a sua evolução, de um novo sistema de marcação que simplifica a leitura das informações no produto.
Esta nova marcação está organizada por três indicadores:
- A marca MICHELIN: garantia da autenticidade do produto.
- A gama do pneu: a identificação da sua utilização.
- A dimensão e a posição do pneu: o posicionamento no veículo.
Esta marcação facilita o reconhecimento do produto e a compreensão da sua utilização. A indicação da posição por eixo facilita o manuseamento nas oficinas.
Os pneus recauchutados beneficiam também desta nova marcação à medida que vão sendo renovados.
As denominações dos pneus Michelin
Atualmente, os pneus MICHELIN são denominados de acordo com este princípio:
Estas denominações evoluem para novas versões que permitem identificar o ambiente de utilização de um pneu: estas denominações irão surgir à medida que os produtos são renovados, como no caso da substituição do pneu MICHELIN XTE 2 pelo pneu MICHELIN X® MULTI™ T:
Em determinados casos, os nomes dos produtos irão incluir, igualmente, uma opção que exprime um benefício suplementar do produto para responder às expetativas específicas do transportador. Por exemplo:
*este produto não existe. Informação fornecida a título de exemplo.
AS OPÇÕES
ENERGY™: poupança de combustível
GRIP : aderência em todas as estações
WINTER: condições invernais
ICEGRIP: aderência sobre gelo
HD : carcaça reforçada
HL : carga importante
Esta lista está sujeita a atualizações.
Passar sobre os pontos
- Localização do indicador de desgaste
- PICTO ilustrativo da gama
- LOGO da gama
- DOT corresponde ao código de fábrica e à data de fabrico do pneu (semana + anos)
- Regroovable: Pneu reesculturado
-
Designação da dimensão:
Seção do pneu em mm
Série: Proporção de altura sobre seção x 100
R: Estrutura radial
Diâmetro interior
-
Índices de capacidade de carga e código de velocidade
Localização do ponto singular de acordo com a dimensão - Silhueta que refere a posição do pneu
- Tubeless: montagem sem câmara de ar
- Letra que indica a posição do pneu
- Logótipo da marca MICHELIN
- Código de Homologação na Europa
- Marcação M + S, categoria de utilização
Códigos de velocidade
CÓDIGOS DE VELOCIDADE | Velocidade em km/h |
---|---|
D | 65 |
E | 70 |
F | 80 |
G | 90 |
CÓDIGOS DE VELOCIDADE | Velocidade em km/h |
---|---|
J | 100 |
K | 110 |
L | 120 |
M | 130 |
CÓDIGOS DE VELOCIDADE | Velocidade em km/h |
---|---|
N | 140 |
P | 150 |
Q | 160 |
R | 170 |
Índices de capacidade de carga
ÍNDICES | Carga em kg |
---|---|
100 | 800 |
101 | 825 |
102 | 850 |
103 | 875 |
104 | 900 |
105 | 925 |
106 | 950 |
107 | 975 |
108 | 1000 |
109 | 1030 |
110 | 1060 |
111 | 1090 |
112 | 1120 |
113 | 1150 |
114 | 1180 |
115 | 1215 |
116 | 1250 |
117 | 1285 |
118 | 1320 |
119 | 1360 |
ÍNDICES | Carga em kg |
---|---|
120 | 1400 |
121 | 1450 |
122 | 1500 |
123 | 1550 |
124 | 1600 |
125 | 1650 |
126 | 1700 |
127 | 1750 |
128 | 1800 |
129 | 1850 |
130 | 1900 |
131 | 1950 |
132 | 2000 |
133 | 2060 |
134 | 2120 |
135 | 2180 |
136 | 2240 |
137 | 2300 |
138 | 2360 |
139 | 2430 |
ÍNDICES | Carga em kg |
---|---|
140 | 2500 |
141 | 2575 |
142 | 2650 |
143 | 2725 |
144 | 2800 |
145 | 2900 |
146 | 3000 |
147 | 3075 |
148 | 3150 |
149 | 3250 |
150 | 3350 |
151 | 3350 |
152 | 3550 |
153 | 3650 |
154 | 3750 |
155 | 3875 |
156 | 4000 |
157 | 4125 |
158 | 4250 |
159 | 4375 |
ÍNDICES | Carga em kg |
---|---|
160 | 4500 |
161 | 4625 |
162 | 4750 |
163 | 4875 |
164 | 5000 |
165 | 5150 |
166 | 5300 |
167 | 5450 |
168 | 5600 |
169 | 5800 |
170 | 6000 |
171 | 6150 |
172 | 6300 |
173 | 6500 |
174 | 6700 |
175 | 6900 |
176 | 7100 |
177 | 7300 |
178 | 7500 |
179 | 7750 |
Risco de sobrecarga
A utilização do pneu com uma carga nominal superior à indicada no pneu pode provocar uma degradação irreversível da estrutura do pneu, que, posteriormente, pode levar à sua inutilização.
ESCOLHA DE PNEUS PARA VEÍCULOS PESADOS: UMA ETAPA IMPORTANTE
A Michelin para Veículos Pesados oferece uma grande variedade de opções que permitem a adaptação dos pneus a diferentes tipos de veículos, trajetos e utilizações. Em conformidade com a legislação e as precauções técnicas, a Michelin ajuda-o a escolher e a montar os seus pneus.
Advertências e precauções de utilização
Respeite a legislação em vigor no seu país e os equipamentos recomendados pelos fabricantes dos veículos: dimensão, índices de carga, código de velocidade, estrutura, etc. Se ocorrer uma alteração no equipamento de origem, verifique os regulamentos em vigor no país. Em determinados países, o veículo alterado tem de obter uma autorização administrativa.
Tenha em consideração as diferentes condições de utilização. Tenha atenção às suas próprias expetativas (trajetos longos, circulação durante o inverno, condições extremas, etc.) de modo a encontrar o pneu mais indicado.
Peça a um profissional que inspecione um pneu antes da montagem de modo a garantir a segurança e o respeito pelos regulamentos em vigor.
Recomenda-se a montagem de pneus com um nível de utilização semelhante no mesmo eixo. Consoante os diferentes países, tanto pode ser obrigatório como fortemente aconselhável que os pneus colocados no mesmo eixo tenham o mesmo desenho de escultura.
Nunca utilize o pneu em caraterísticas técnicas diferentes daquelas para as quais foi homologado. Determinadas definições geométricas excessivas ou anormais do veículo podem afetar o desempenho do pneu do veículo pesado.
Uma má utilização ou uma má seleção do pneu para o seu veículo pesado pode também contribuir para o desgaste prematuro de determinadas peças mecânicas.
Escolher o pneu certo para «veículos pesados» em 3 etapas
Há três tipos principais de eixos para veículos pesados: eixo da direção, eixo motriz e eixo portador.
Para uma condução em total segurança e otimização da sua rendibilidade, respeite determinados critérios de seleção.
3 etapas a seguir:
Definir a melhor utilização do pneu
Faça a sua seleção entre as 6 gamas de pneus MICHELIN para Camião. Cada gama responde a diferentes necessidades e utilizações dos transportadores.
Determinar a dimensão certa do pneu
A carga máxima de um eixo é definida pelo fabricante do veículo de acordo com os regulamentos em vigor. O facto de o eixo ser equipado com pneus que possam suportar uma carga superior não autoriza a que a carga homologada pelo fabricante seja ultrapassada.
A cada dimensão de um pneu para veículos pesados corresponde uma roda ou várias rodas (largura da jante) adaptadas: consulte o «Standards Manual» da ETRTO e/ou as recomendações do fabricante.
Nunca monte um pneu numa jante não homologada: risco de deterioração da roda e/ou do pneu, de um apoio não otimizado para as rodas, de um anormal funcionamento da carcaça prejudicial à segurança, ao comportamento, à aderência e à longevidade do pneu para veículos pesados.
Escolher a escultura certa
Respeite as regras de escolha da escultura dos pneus para veículos pesados de acordo com a posição do eixo no veículo.
Para equipar um eixo da direção deve-se:
- utilizar exclusivamente as esculturas «F» ou «Z»
- nunca utilizar a escultura «T» nos eixos da direção*
Para equipar um eixo motriz devem utilizar-se esculturas «D»
Para equipar um eixo portador devem utilizar-se esculturas «T»
*A Michelin não se responsabiliza pelas consequências ou danos durante a condução que ocorram devido ao desrespeito por estas recomendações.
*Estas esculturas são estudadas especialmente para uma utilização no eixo portador e não são concebidas nem se prevê que sejam utilizadas nos eixos da direção dos veículos a motor. A Michelin não se responsabiliza pelas consequências ou danos durante a condução que ocorram devido ao desrespeito por estas recomendações.
Para equipar um eixo da direção devem:
Utilizar-se exclusivamente as esculturas «F» ou «Z». Estas são as esculturas concebidas e fabricadas para responderem às condicionantes específicas de condução dos eixos da direção dos veículos a motor: carga dinâmica, ângulos de geometria dos eixos, rendimentos quilométricos elevados, etc.
Para equipar um eixo motor devem:
Utilizar-se exclusivamente as esculturas «D» ou «Z». As esculturas «D» são estudadas para responderem às condicionantes específicas dos eixos motores: transmissão do binário de travagem, montagem em duplo, carga no eixo mais importante do conjunto motor, etc. Os eixos motores podem ser equipados com pneus com esculturas «Z», mas o compromisso de desempenho na resposta às condicionantes deste eixo será melhor com as esculturas «D». Em determinadas utilizações, as esculturas «Z» são também, otimizadas para uma utilização no eixo motriz: utilização urbana, por exemplo.
Para equipar um eixo portador devem:
Utilizar-se exclusivamente as esculturas «T» ou «Z». Estas esculturas são estudadas para responderem às condicionantes específicas dos eixos portadores: cargas estáticas e dinâmicas, deslizamento, rendimentos quilométricos elevados nos eixos centrais, etc. Os pneus com esculturas «T» têm índices de carga e de velocidade adaptados aos veículos rebocados (reboque ou semirreboque). Aquando da montagem de pneus com esculturas «Z», verifique se os índices de carga e de velocidade respeitam as necessidades do eixo. Na Europa, os pneus com esculturas «T» da MICHELIN têm a marcação «FRT» (Free Rolling Tyre), normalizada pela ETRTO e nunca se deve usar a escultura «T» nos eixos de direção ou nos eixos motrizes.
A marcação FRT :
A marcação FRT encontra-se definida no regulamento 54: «Marcação 3.1.15». O termo «FRT» diz respeito aos pneus específicamente concebidos para os eixos portadores (pneus de rolamento livre). Este regulamento aplica-se a todos os pneus novos utilizados no território europeu: isto significa que os pneus com a marcação FRT são homologados únicamente para montagem em eixos portadores e não podem equipar outro tipo de eixos. A Michelin também aplica a marcação FRT nos pneus MICHELIN Remix. A Michelin não se responsabiliza pelas consequências ou danos durante a condução que ocorram devido ao desrespeito por estas recomendações.
As forças que se opõem ao avanço
Para que haja movimento é preciso que haja energia. Para reduzir o consumo de combustível é preciso reduzir o impacto das forças que se opõem ao movimento dos veículos (a gravidade associada ao peso do veículo, a resistência do ar, as fricções mecânicas). A resistência ao rolamento dos pneus, frequentemente subestimada, é responsável por um terço do consumo de combustível.
Força aerodinâmica, gravidade e inércia
Fricções mecânicas e rendimento motor
Resistência dos pneus
A roda, fator de segurança
A roda é um verdadeiro instrumento da segurança do veículo porque:
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Consulte os fabricantes de jantes e de rodas para garantir que ambas têm uma resistência adequada à utilização pretendida.*
* Fonte: ETRTO
Denominação da roda
Roda com válvula protegida
Para evitar eventuais danos na válvula (quando um objeto penetra na roda), a Michelin recomenda a utilização de uma roda com válvula protegida (Roda ALV).
A válvula é colocada no exterior do disco.
Roda ALVA válvula está em segurança. |
Roda clássicaPerigo caso uma pedra se aloje entre o disco e a pinça do travão |
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Roda reversível
Dotada de uma válvula de saída dupla, a roda reversível para semirreboques e reboques permite virar o conjunto do pneu/roda, caso seja necessário.
Roda reversível (REV)
Roda X-One
O equipamento com o conjunto roda + pneu X-One permite até 130 kg de carga a mais e reduz o consumo em 1,5 %
Rodado duplo |
Roda X ONE |
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Rodado duplo (esquema) 2 rodas 22.5 x 9.00 para pneu 315/70 R 22.5 2 rodas 22.5 x 7.50 para pneu 275/70 R 22.5 |
Rodas X-One (esquema) 1 roda 22.5 x 17.00 para pneu 495/45 R 22.5 1 roda 22.5 x 15.00 para pneu 455/45 R 22.5 |
Montagem da roda
- Utilizar os elementos de fixação previstos pelo construtor (eixos, porcas, etc.)
- Respeitar os binários de aperto recomendados pelo fabricante do veículo ou do eixo (SR)
- Respeitar a ordem de aperto, indicada no esquema acima
- O aperto deve ser terminado com uma chave dinamométrica ou com ferramentas fornecidas pelo fabricante do veículo
- A chave de impacto pode ser também utilizada para o aperto desde que se utilize uma bucha de torção
- Controlar obrigatoriamente o binário de aperto das porcas após percorrer 50 km e, novamente, depois de percorrer 100 km e, periodicamente, a partir daqui